domingo, 23 de abril de 2006

AS CONTRADIÇÕES DO MINISTRO DA JUSTIÇA NO EPISÓDIO DE GRAVE QUEBRA DA ORDEM CONSTITUCIONAL DENTRO DO GOVERNO (1)

A sequência da história de um crime, cometido por um ministro (da Fazenda), que tentou esconder o crime, e que foi ajudado por outro ministro (da Justiça), que conta a história, é esta: 1) no dia 16 de março (quinta-feira), Marcio Thomaz Bastos viajou para Rondônia, onde cumpriu uma agenda ao longo de todo o dia 17 de março (sexta-feira); voltou a Brasília na noite do dia 17 de março (sexta-feira); 2) no dia 16 (quinta), à noite, Daniel Krepel Goldberg (secretário Nacional de Direito Econômico do Ministério da Justiça, ex-empregado de famoso escritório de direito nos Estados Unidos) foi chamado à casa de Palocci.; foi até a mansão funcional do Ministério da Fazenda levado pelo chefe de gabinete do ministro da Justiça, Cláudio Alencar, que não chegou a entrar na casa; só Goldberg ficou com Palocci, que queria consultá-lo sobre duas questões: a - a possibilidade de apresentar uma “reclamação” contra o caseiro no Supremo Tribunal Federal (e nesse caso o Secretário Nacional de Direito Econômico do Ministério da Justiça estava funcionando como conselheiro jurídico particular do ministro da Fazenda); e b - se a Polícia Federal poderia investigar Francenildo a partir de uma reportagem que o jornal O Globo iria publicar (como Palocci sabia que o jornal O Globo ia publicar uma matéria contando que Francenildo tinha "muito dinheiro" na sua conta, o suficiente para induzir que ele tinha sido comprado por adversários para depor contra ele? Quem contou a Palocci esta história, e que o jornal O Globo ia publicar a matéria?); 3) Daniel Krepel Goldberg diz que conversou com o chefe de Gabinete do Ministério da Justiça, Claudio Alencar, e que concluíram que a Polícia Federal não tinha como abrir investigação com base em rumores sobre o caseiro; o ministro Marcio Thomaz Bastos foi informado por telefone celular do pedido de Palocci para colocar a Polícia Federal na história contra Francenildo; Bastos diz que estes relatos foram parciais, porque ele estava se deslocando de uma cidade para outra, em Rondônia, e as ligações não eram fáceis;

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4) no dia 17 de março (sexta-feira, a famigerada, quando a revista Época publicou a história, em seu blog, inaugurado naquele dia, e quando o genial senador Tião Viana já andava desde a antevéspera anunciando a "bomba"), Daniel Krepel Goldberg e Claudio Alencar transmitiram a Palocci que não havia hipótese de a Polícia Federal abrir a investigação contra Francenildo para saber como ele conseguira entre 35 e 50 mil reais que teria em sua conta; 5) nesse dia 17 de março (sexta-feira), os assessores do Ministério da Justiça relataram a Márcio Thomaz Bastos, pessoalmente, durante a parada do jatinho no aeroporto de Brasília, para reabastecimento, o que Palocci tinha pedido; 6) no dia 19 de março (domingo), Daniel Goldberg encontrou-se com Bastos, em São Paulo, quando, então, o ministro da Justiça disse ter recebido, em detalhes, os fatos de quinta-feira (16 de março ) e sexta-feira (17 de março); Goldberg relatou que, quando ele estava com Palocci, na quinta-feira (16 de março, dia em que Francenildo depôs na CPI dos Bingos, cujo depoimento foi interrompido pela liminar conseguida pelo genial senador petista acreano Tião Viana), chegou à mansão funcional do Ministério da Fazenda o presidente da Caixa Econômica Federal, o trotskista Jorge Matoso; Golberg disse a Márcio Thomaz Bastos que Palocci e Matoso se reuniram no escritório da casa a portas fechadas e que ele, Goldberg, não soube e não viu nenhum extrato bancário, não sabia de nenhuma violação; 7) ainda na sexta-feira (17 de março), quando a revista Época publicou, no blog da revista, reportagem com o extrato bancário do caseiro, Bastos disse que determinou, imediatamente, ao delegado Paulo Lacerda, diretor da Polícia Federal, que estava no Rio de Janeiro, que abrisse um inquérito para investigar a violação do sigilo bancário;

AS CONTRADIÇÕES DO MINISTRO DA JUSTIÇA NO EPISÓDIO DE GRAVE QUEBRA DA ORDEM CONSTITUCIONAL DENTRO DO GOVERNO (3)

8) na terça-feira (21 de março) pediu que os procuradores acompanhassem a investigação da Polícia Federal (nesse dia, pela manhã, participou da reunião da “coordenação de campanha” no Planalto – cometeu um ato falho depondo na Comissão de Constituição e Justiça, substituindo "reunião de coordenação de governo" por "reunião de coordenação de campanha", o que evidencia o clima existente dentro do Palácio do Planalto); foi nesse dia que ele avisou a Lula que o governo estava diante de um fato muito grave; 9) no dia 23 (quinta-feira) vai à mansão funcional do Ministério da Fazenda para levar o advogado Arnaldo Malheiros até Palocci, que ele havia indicado; 10) Malheiros saiu da casa de Palocci e foi com Matoso até a Caixa Econômica Federal, para "pegar mais detalhes da situação" (mas, que diabos, ele não é advogado de Palocci, o que foi fazer na Caixa Econômica Federal, ele também está defendendo Matoso?!!!); 10) até aí Marcio Thomaz Bastos diz que ainda não havia "o neco causal" (quá, quá, quá, só ele ainda não tinha visto o "nexo causal", que o País inteiro já enxergava); 11) no dia 24 de março então começa a se delinear integralmente o "nexo causal" que Márcio Thomaz Bastos esperava, com o depoimento para a Polícia Federal de Jeter Ribeiro, funcionário da Caixa Econômica Federal que deixou as suas pegadas no sistema eletrônico (a sua senha e o seu login) ao arrombar a conta de Francenildo; Jeter entregou rapidinho que recebeu a ordem para estuprar a conta de sua superior, Sueli Mascarenhas; no domingo, dia 26 de março, Sueli confirmou que mandou Jeter estuprar a conta, e que entregara o extrato ao caseiro Ricardo Shumann (assessor diretor da presidência da Caixa Econômica Federal, um CC de Matoso); ouvido pela Polícia Federal na manhã da segunda-feira, dia 27, Schumann disse que entregou o extrato a Mattoso; e Mattoso deveria depor nesse mesmo dia 27 de março, segunda-feira, à tarde, como depôs, e confirmou que recebeu a ordem de Palocci e que entregou o extrato de Francenildo para o então ministro da Fazenda.

AS CONTRADIÇÕES DO MINISTRO DA JUSTIÇA NO EPISÓDIO DE GRAVE QUEBRA DA ORDEM CONSTITUCIONAL DENTRO DO GOVERNO (4)

Isso tudo é uma cadeia de criminosos, porque ninguém é anjinho na Caixa Econômica Federal. Não tem essa de dizer que recebeu ordem.... e que cumpriu. Nazistas também disseram que receberam ordens para matar milhões de judeus nos campos de concentração. Torturadores argentinos também disseram que receberam ordens para matar mais de 30 mil compatriotas seus. Todo mundo na Caixa Econômica Federal estava careca de saber, na noite do dia 16 de março, quem era Francenildo dos Santos Costa. Afinal, já tinha causado um enorme furor a matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo, com sua entrevista, confirmando que Palocci frequentava a Mansão dos Prazeres, onde a República de Ribeirão Preto fazia suas negociatas e festinhas de embalo com prostitutas providenciadas pela cafetina Jeany Mary Corner. Essa entrevista detonara a sua convocação para depor na CPI dos Bingos. E não havia nada mais comovente, no dia 16 de março, do que o depoimento de Francenildo, que, todo mundo já esperava, detornaria o ministro da Fazenda do seu cargo, como efetivamente aconteceu. Portanto, ninguém é anjinho na Caixa Econômica Federal. Cada um que contribuiu para estuprar a conta bancária de Francenildo dos Santos Costa sabia que estava cometendo um crime, sabia quem era a vítima, sabia qual era a sua importância, sabia todos os detalhes, e aceitou participar do crime, uma conspiração armada pelo PT dentro do governo, por membros da alta nomenklatura petista. Não tem essa de dizer que atendiam a ordens.... Ordens uma ova.... .

UM DEPUTADO OBSCURO METEU O DEDO NA MOLEIRA E CONSTRANGEU O MINISTRO DA JUSTIÇA

O obscuro deputado federal Alberto Fraga (PFL-DF) deixou o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, diante de uma situação constrangedora no depoimento na Comissão de Constituição e Justiça. Perguntou a ele: “O que o senhor diria a um delegado da Polícia Federal que indicasse um advogado de defesa a um suspeito?” É evidente que Marcio Thomaz Bastos tergiversou, desconversou, fez de conta que não era com ele, e não respondeu. O deputado federal Alberto Braga lembrou a ele que essa conduta de indicar advogado ao réu se enquadra no Artigo 321 do Código Penal e configura advocacia administrativa, que qualifica como crime “patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário”.

sexta-feira, 21 de abril de 2006

TERRORISTAS DO MST QUASE LINCHAM OFICIAIS DA PM PERNAMBUCANA

Um conflito registrado ontem, nas ruas de Recife, entre policiais militares e terroristas do MST, deu uma clara e precisa noção do quanto estão treinados para a guerra revolucionária os militantes dessa organização. Por volta das 18 horas, quando os sem-terra marchavam para marcar a abertura do 2º Fórum Social Brasileiro, aconteceu o conflito, que tem versões diferentes. Nele, o coordenador regional do MST, Jaime Amorim, resultou baleado na mão, de raspão. Conforme a versão de outro militante revolucionário, João Paulo Rodrigues, da Coordenação Nacional do MST, os dois policiais militares que resultaram feridos estavam entre os terroristas, buscando prende Ivaldo Santos, do MST de Pernambuco. Ele tinha enfrentado os policiais militares durante a passeata, impedindo-os de passarem com suas motocicletas. Os policiais foram agredidos quando tentavam prender Ivaldo. Para se proteger, sacaram suas pistolas. Daí em diante quase foram massacrados. Os policiais feridos são o capitão Dimerson Mendes, cuja pistola desapareceu na confusão, e o soldado Antony Jurema Veríssimo, com lesão na clavícula. Os terroristas do MST, em todos os cantos do País, demonstram todos os dias que já estão preparados para entrar em choque com as forças policiais e desbaratá-las.