quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ex-sócio da corretora Bônus-Banval nega envolvimento no processo do Mensalão

Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus-Banval, depôs nesta quarta-feira para a juíza Sílvia Márcia Rocha, da 2ª Vara Criminal Federal, sobre o envolvimento com o esquema de corrupção do mensalão petista, montado pela direção do partido, e operacionalizado pelo publicitário Marcos Valério, para comprar apoio político e de parlamentares para o governo Lula. O Supremo Tribunal Federal aceitou a denúncia oferecida contra Fischberg pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Antonio Pitombo, advogado de Fischberg, disse que seu cliente negou as acusações. Segundo ele, todas as operações financeiras colocadas sob suspeita são regulares e registradas. O advogado informou ainda que um laudo foi anexado ao processo comprovando isso. "O grande problema brasileiro, nesta matéria, é que as pessoas não conhecem o mercado financeiro e querem julgar sem conhecer", disse Pitombo. A Bônus-Banval é acusada de intermediar recursos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. Fischberg é acusado de repassar dinheiro do PT a partidos aliados. Os saques da empresa 2S Participações, de Marcos Valério, beneficiaram principalmente a corretora (R$ 2,9 milhões), na qual trabalhou a filha do líder do PP na Câmara dos Deputados, José Janene (PR). Antônio Claramunt, o doleiro apelidado de "Toninho da Barcelona", disse em depoimento para a extinta CPI dos Correios que Marcos Valério usava a Bônus-Banval para mandar dinheiro para o Exterior, o que é negado pelo sócio da corretora, Enivaldo Quadrado.

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