sábado, 26 de janeiro de 2008

Ministério Público Federal reage às declarações da governadora Yeda Crusius contra Polícia Federal

O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul reagiu na sexta-feira (25-01-08) às declarações da governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB), contra a Polícia Federal, por ter declarado sua intenção de tomar depoimento da Procuradora-Geral do Estado, Eliana Graeff Martins. Yeda Crusius sugeriu que a Polícia Federal estava usando métodos da ditadura militar e que não lhe cabia investigar o governo do Estado. Até fez uma comparação, dizendo que a ela não cabia investigar a Universidade Federal de Santa Maria, supostamente envolvida na Operação Rodin, que desmontou um enorme esquema de fraudes cometidas no Detran RS. O Ministério Público Federal não gostou da manifestação da governadora Yeda Crusius e resolveu entrar no baile. Emitiu uma nota oficial, dizendo que "não houve qualquer atitude indevida por parte da Polícia Federal" ao chamar a procuradora para prestar esclarecimento. Conforme o Ministério Público Federal, "há crime federal em investigação e serão ouvidos ou investigados todos aqueles que possam trazer explicações ou provas que conduzam ao total esclarecimento dos fatos criminosos e da autoria dos mesmos, não interessando o cargo que ocupam, ou ainda se servidores públicos estaduais ou federais". Quanta diferença para o Mistério Público Estadual..... A governadora Yeda Crusius também cometeu outro grave erro: a Universidade Federal de Santa Maria não tem nada a ver com a fraude do Detran RS. As instituições envolvidas na fraude são duas fundações de direito privado, a Fatec e a Fundae, que se dizem ligadas à instituição federal. Estas duas instituições fraudadoras (Fatec e Fundae) não têm qualquer relação jurídica, orgânica, administrativa ou qualquer outra que seja, com a Universidade Federal de Santa Maria. Como fundações de direito privado, deveriam ser fiscalizadas pelo Mistério Público Estadual, por meio da Curadoria das Fundações. Mas, o Mistério Público Estadual do Rio Grande do Sul jamais cumpriu as suas obrigações neste sentido. E o Mistério Público Estadual é órgão vinculado ao Poder Executivo gaúcho, portanto, vinculado à governadora Yeda Crusius.

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