terça-feira, 8 de abril de 2008

A incrível odisséia para investigar o roubo de recursos públicos (18)

A denúncia deste personagem, apresentada pelos promotores André Felipe de Camargo Alves e Eduardo Alberto Tedesco, é singularíssima, porque conseguiu a proeza de deixar fora dela um fato absolutamente relevante na realização da obra. Qual foi? É o seguinte: o engenheiro chefe José Carlos Keim atestou a realização dos trabalhos de base e sub-base do leito de trecho da rua Rafael Clark sem que tivessem sido abertos as valas para o enterramento dos canos do DEP e DMAE, e o respectivo fechamento das valas, em setembro de 1999. E ainda de ter mandado faturar, nesse mês de setembro de 1999, o total de 222 metros cúbicos de matéria prima para base e sub-base (pó de pedra, para o rolo socar), trabalho ainda por cima que não teve comprovação pela empresa Procon, que não faturou o mesmo, nem enviou notas fiscais respectivas. Isto deveria entrar para o livro Guinnes de recordes, como um feito inigualável da engenharia mundial. Mas, não mereceu atenção para ser arrolado na denúncia do Ministério Público. O denunciante pediu para que a perícia efetuasse verificação da colocação desta base e sub-base no leito da rua Clark. O Ministério Público não realizou a perícia, informando apenas que a prefeitura de Porto Alegre não tinha permitido abertura no asfalto. É de morrer de rir.....quá ... quá..... quá.....

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