quarta-feira, 30 de abril de 2008

Ministério Público pede condenação de sete acusados de fraude na Daslu

O Ministério Público Federal em Guarulhos (SP) apresentou à 2ª Vara Federal o pedido de condenação dos sete réus do Caso Daslu, entre eles de Eliana Tranchesi, dona da loja, e de seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque. O processo apurou um esquema bilionário de importações fraudulentas criado pela loja para burlar o fisco. A previsão é que a sentença saia em 60 dias. Em suas alegações finais, o Ministério Público Federal diz que "há um mar de provas comprovando os fatos narrados na denúncia". No documento, os procuradores Matheus Baraldi Magnani e Luciana Sperb Duarte pedem ainda as condenações dos cinco donos de quatro importadoras envolvidas no esquema: Celso de Lima (Multimport), André Beukers (Kinsberg), Roberto Fakhouri Junior, Rodrigo Nardy Figueiredo e Christian Polo (By Brasil). O Ministério Público pede que os réus sejam condenados pelos mesmos crimes da denúncia: formação de quadrilha; descaminho (fraude em importações) por nove vezes, sendo seis deles consumados e três tentativas, e falsidade ideológica (nove vezes). Caso sejam condenados, os acusados podem pegar 21 anos de prisão. A maior butique de luxo do país é acusada de importação irregular. A empresa teria construído um esquema para subfaturar importações com o objetivo de sonegar impostos. A Daslu era a responsável pela negociação, compra, escolha e pagamento de mercadorias no Exterior e, após tais atos, entravam em cena as importadoras (tradings), que eram responsáveis pela falsificação de documentos e faturas destinados a permitir o subfaturamento do valor das mercadorias. Videversus assegura que ninguém desse grupo de denunciados pagará um só dia de cadeia. Basta que chamem o advogado gaúcho Ney Fayet Junior, que conhece o truque para livrá-los da cadeia.

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