domingo, 6 de abril de 2008

Ong Avós da Praça de Maio critica a pena dada a casal que adotou bebê roubado pela repressão

A organização humanitária argentina Avós da Praça de Maio expressou na sexta-feira a sua insatisfação com a condenação dada a um casal que adotou a filha de desaparecidos na ditadura (1976-83) e o militar que a tirou dos pais. "O julgamento terminou com uma condenação que não nos satisfaz em absoluto. Dez anos de prisão para José Berthier nos parece mínimo", afirmou a presidente da Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. Na véspera, o tribunal condenou María Cristina Gómez Pinto, de 60 anos, e Osvaldo Rivas, de 65 anos, por "retenção e ocultamento de menor", decretando penas de oito e sete anos, respectivamente, em um julgamento histórico promovido por María Eugenia Sampallo Barragán, a filha adotada. Além disso, o ex-capitão do Exército José Berthier, 60 anos, foi condenado a 10 anos de prisão por co-autoria dos mesmos crimes no caso. "É um julgamento histórico porque os três acusados foram condenados pelos crimes de ocultação e por tudo que sofreu María Eugenia", afirmou o advogado de defesa, Tomás Ojea Quintana. O tribunal ordenou ainda a destruição do Documento Nacional de Identidade da filha adotada, hoje com 30 anos, que estava em nome de Eugenia Violeta Rivas.

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