segunda-feira, 7 de abril de 2008

Os atos de Lula para esmagar a oposição

O presidente Lula vestiu o uniforme de campanha. Já visitou treze estados e quer visitar outros treze até o fim do ano. Para se ter uma idéia do ritmo intenso da agenda presidencial, basta citar que o presidente viajou mais vezes no mês passado do que em setembro de 2006, quando estava em plena campanha pela reeleição. O ímpeto do presidente levantou também a lama do fundo de um assunto que, por delirante, já havia se assentado: o terceiro mandato para Lula. Pensando em 2010, o presidente deu sinal verde para seus negociadores atuarem de maneira a tentar minar todas as possibilidades de sucesso eleitoral da oposição nas principais capitais do País. Em São Paulo, o presidente está atuando pessoalmente para viabilizar a ministra Marta Suplicy. Pesquisas mostram que ela é a única candidata capaz de derrotar o grupo político do governador tucano José Serra, favorito para suceder a Lula. No Rio de Janeiro, o presidente convenceu o governador Sérgio Cabral, do PMDB, a apoiar o petista Alessandro Molon, abandonando uma aliança certa com o prefeito Cesar Maia, do DEM. O plano de ataque transcende a lógica política e releva qualquer consideração de aspecto moral. Para garantir o sucesso eleitoral em outubro, valem alianças com o ex-presidente do Congresso, Renan Calheiros, o ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, o deputado Paulo Maluf e o ex-governador Orestes Quércia. Lula considera que a eleição deste ano é uma prévia de 2010. Principalmente nas cidades mais simbólicas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, afirma o presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer, que se reúne com Lula toda semana no Planalto para tratar das eleições.

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