segunda-feira, 7 de abril de 2008

Petrobras quer processar petróleo brasileiro no Japão

A Petrobras deve adaptar a refinaria recém-adquirida no Japão para processar óleo pesado, segundo informou o presidente da companhia brasileira, José Sérgio Gabrielli, nesta segunda-feira. Ele disse que a Petrobras avalia exportar petróleo pesado do Brasil para o Japão para fins de processamento, o que poderia reduzir o volume de petróleo leve comprado da Austrália e da África. "A refinaria não pode processar petróleo pesado, somente petróleo leve. Para obtermos uma conversão profunda na refinaria, precisamos ter um investimento para trazer unidades que provem ser capazes de processar petróleo pesado", acrescentou. "Provavelmente utilizaremos a unidade de tratamento de água, ou HDT, que permite processamento de petróleo pesado", antecipou. A unidade também poderá ser utilizada para outro projeto da companhia, como o de comercializar etanol no mercado japonês. "Podemos levar etanol utilizando grandes navios de transporte, descarregar em Okinawa, e de Okinawa para os países asiáticos", concluiu. A Petrobras assumiu oficialmente o controle da Nansei Sekiyu K.K. no dia 1º de abril, adquirindo uma participação de 87,5% por 5,5 bilhões de ienes (54,09 milhões de dólares) de um grupo de refinarias japonês ligado à Exxon Mobil. A refinaria, localizada na ilha de Okinawa, no sul do Japão, possui capacidade instalada de 100 mil barris por dia (bpd). Segundo Gabrielli, a produção da unidade será ampliada de 35 mil bpd para 50 mil bpd em breve. A Petrobras abastecerá a demanda por combustíveis na ilha de Okinawa e na região continental do Japão, além de China, Cingapura, Taiwan e Vietnã.

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