domingo, 13 de abril de 2008

Preso mais um membro da Operação Condor

Antraning (Antonio) Ohannessian Ohannian, conhecido como “O Turco”, foi preso na semana passada em Buenos Aires. Seguro de sua impunidade, ele passeava tranquilamente pelas avenidas de Punta Del Este e Montevidéu, acompanhando a realeza italiana. Estava tão seguro que viajou aos Estados Unidos para um tratamento de saúde. E foi aí que resultou preso, em função de um pedido internacional de captura apresentado pela Itália. Ele foi preso no último dia 10, em Buenos Aires. A prisão dele representa um golpe para a princesa italiana Laetitia d'Aremberg, cujo irmão Rodrigo morreu há pouco mais de três meses. Pouco depois, seu filho se acidentou e ainda está em reabilitação na clínica Fleni de Pilar. E agora caiu seu principal assessor, com ordem de prisão da Justiça italiana com crimes contra a humanidade. Ohannessian é um ex-militar uruguaio acusado pelo seqüestro e morte de cerca de 20 cidadãos uruguaios na Operação Condor. Também esteve envolvido nas torturas e morte do dirigente ferroviário Gilberto Coghlan, em 1973, e no interrogatório no qual morreu a professora Nibia Sabalsagaray, em 1974. A Justiça italiana mandou prendê-lo pelo assassinato de quatro cidadãos ítalo-uruguaios em Buenos Aires, entre setembro e outubro de 1976. Ohannessian nasceu no dia 4 de fevereiro de 1949 e entrou para o Exército em 1966. Ainda jovem mostrou suas qualidades para aplicação de planos de desaparecimento sistemático de pessoas. Em 1969 ingressou na Escola das Américas e, entre 1974 e 1978, foi membro do Organismo Coordinador de Operaciones Antisubversivas (OCOA) da ditadura uruguaia. Foi promovido a major em 1986 no dia 8 de agosto de 1988 saiu reformado. Desde então trabalha como “segurança” da princesa Laetitia d´Aremberg. Um dos trabahos que realizou foi a remodelação do tambo Lapataia, de Punta Ballena, que a princesa D'Aremberg comprou. Os quatro cidadãos ítalo-uruguaios que ele seqüestrou, torturou e matou são Gerardo Gatti, María Emilia Islas de Zaffaroni, Armando Bernardo Arnone Hernández e Juan Pablo Recagno. Eles estiveram presos em um dos lugares da repressão da ditadura argentina em Buenos Aires, Automotores Orletti.

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