domingo, 6 de abril de 2008

Propriedades de governadores de MT e RO estão na lista das embargadas pelo Ibama

Uma propriedade da Amaggi, empresa do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), e outras duas de Ivo Cassol (sem partido), governador de Rondônia, constam da lista de áreas embargadas pelo Ibama por "abrigarem atividades ilegais contra o meio ambiente". A lista foi divulgada na quinta-feira da semana passada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e tem o objetivo de mostrar onde estão as irregularidades ambientais e quem as comete. No caso da Amaggi, foi a atividade irregular de uma indústria pertencente à Amaggi Exportação e Importação que causou a inclusão. A área embargada fica em Feliz Natal (a 640 quilòmetros de Cuiabá). Segundo o Ibama, a empresa foi multada em R$ 40 mil por ter posto em funcionamento indústria de processamento de resíduos de madeira sem a devida licença de operação, fornecida pela Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente). O embargo foi lavrado pela fiscalização do Ibama em 19 de fevereiro deste ano. Segundo a gerência executiva do órgão em Sinop (MT), onde tramita o processo, a medida foi necessária, entre outros motivos, porque a falta de licenciamento não permite verificar a origem da matéria-prima processada na indústria. Em Rondônia, entre os 886 registros, dois se referem a Cassol, em área localizada em Alta Floresta d'Oeste (a 541 quilômetros de Porto Velho). Um dos processos que gerou o embargo diz respeito à abertura irregular de uma estrada dentro de APP (Área de Preservação Permanente). A estrada liga Alta Floresta d'Oeste ao distrito de Porto Rolim de Moura, na divisa com a Bolívia, e, segundo adversários de Cassol, foi construída para facilitar o acesso à fazenda do governador. Segundo o Ibama em Rondônia, as obras da fazenda foram feitas sem licenciamento ambiental e afetaram tanto a fauna quanto a flora da região.

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