quinta-feira, 24 de abril de 2008

Uruguaio envolvido no caso da mala na Argentina se declara culpado

O uruguaio Rodolfo Edgardo Wanseele Paciello, um dos cinco acusados de conspirar para atuar como agentes disfarçados da Venezuela no caso da mala envolvendo a Argentina, declarou-se culpado nesta quarta-feira perante um juiz da Flórida. Wanseele Paciello se declarou culpado após fazer um acordo com as autoridades norte-americanas, o que lhe permitiria receber uma sentença menor em relação ao caso da mala, que foi encontrada na Argentina em agosto passado com quase US$ 800 mil em poder de um venezuelano. Ele é o terceiro acusado a se declarar culpado depois dos venezuelanos Moisés Maionica, em 25 de janeiro, e Carlos Kauffman, em 3 de março. A declaração de culpabilidade de Wanseele Paciello foi anunciada por Alexander Acosta, procurador federal do distrito sul da Flórida. Acosta disse que o uruguaio, que apresentou sua declaração perante a juíza Joan Lenard em um tribunal de Miami, receberá sua sentença em 14 de julho. Wanseele Paciello, que trabalha em Miami há oito anos em uma empresa de importação e exportação, declarou-se culpado de duas das acusações que pesavam contra si, enquanto a Promotoria rejeitou uma terceira. O uruguaio se declarou culpado de atuar em território norte-americano de forma ilegal como agente estrangeiro e admitiu que trabalhou para o serviço de inteligência da Venezuela. O uruguaio, além de Kauffman, Maionica e o também venezuelano Franklin Durán, era acusado de participar de uma operação para encobrir a origem dos US$ 800 mil que eram destinados à campanha eleitoral de Cristina Kirchner, segundo os procuradores federais. O empresário americano-venezuelano Guido Antonini Wilson, radicado em Miami, viajou com a mala de Caracas a Buenos Aires em agosto de 2007 em um avião junto a vários funcionários da estatal Petróleos de Venezuela S/A (PDVSA). Na Argentina, a mala foi apreendida por agentes da alfândega.

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