sábado, 31 de maio de 2008

Agência de ratings Fitch diz que Brasil precisa de reformas e dívida menor para obter nova classificação

Para avançar mais um degrau em sua classificação de grau de investimento, o Brasil precisa lidar com os problemas em suas finanças públicas, o endividamento e o ritmo "glacial" em reformas importantes, como a tributária, a previdenciária e a trabalhista, além da questão da autonomia do Banco Central, disse nesta sexta-feira a diretora-sênior da agência de classificação de risco Fitch Ratings para ratings soberanos da América Latina, Shelly Shetty. A Fitch elevou ontem a nota do Brasil de "BB+" para "BBB-". Embora o Brasil esteja diminuindo a distância de sua classificação em relação a outros países com "investment grade" baixo, ainda está atrás em relação a países com notas médias. "O ambiente econômico favorável diminuiu o apetite do governo por reformas como as da Previdência e a Trabalhista, além da discussão sobre a autonomia do Banco Central", disse Shetty, em teleconferência. Uma melhora na estrutura das finanças públicas, em particular no endividamento doméstico, e uma aceleração nas reformas que melhorem o potencial de crescimento do país seriam medidas positivas, segundo a Fitch.

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