quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ministério da Justiça recebe nova cadeia, mas não tem funcionários para inauguração

O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) recebeu nesta quarta-feira, em Porto Velho (RO), a terceira das cinco penitenciárias que vão ser construídas, como parte do sistema penitenciário federal, para presos de alta periculosidade. "A partir de agora nós vamos colocar os equipamentos, principalmente aquela parte de inteligência", afirmou o diretor do Depen, Maurício Kuehne. No entanto, a penitenciária não começará a funcionar, porque não há pessoal para trabalhar na unidade. A mesma situação é observada na penitenciária de Mossoró (RN), que também está pronta, mas sem prazo para começar a operar. Há uma demanda no Ministério do Planejamento há mais de um ano e meio para autorizar a realização de concurso público para contratação de pessoal para as penitenciárias. Maurício Kuehne explicou que seriam necessários cerca de 250 agentes penitenciários, que trabalhariam em turnos de 40 homens cada, já contando com o fato de que sempre vai haver alguém de férias, ou licença, por exemplo. Além disso, também é necessária uma equipe técnica, que inclui médicos, enfermeiros, terapeutas e o corpo administrativo. A nova penitenciária, a exemplo das outras duas já em funcionamento, em Catanduvas (PR) e em Campo Grande (MS), tem capacidade para receber 208 presos, todos em celas individuais. Ela deve contar com equipamentos de segurança modernos, como aparelhos de raio-x, coleta de impressão digital, detectores de metais. Câmeras vão monitorar os detentos 24 horas por dia e as imagens vão ser transmitidas em tempo real para uma sala de controle na penitenciária, para a Superintendência da Polícia Federal de Rondônia e para a Central de Inteligência Penitenciária do Depen, em Brasília.

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