sexta-feira, 23 de maio de 2008

Promotor argentino pede prisão de Carlos Menem

Um promotor federal da Argentina pediu nesta quinta-feira a detenção do ex-presidente argentino Carlos Menem em um caso por irregularidades na investigação do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos. O promotor também solicitou a prisão de Munir Menem, um dos irmãos do ex-presidente, do ex-chefe dos serviços secretos, Hugo Anzorreguy, e de Juan José Galeano, o juiz que investigou o atentado. Ao pedir a detenção de Carlos Menem, o promotor Alberto Nisman reivindicou ao juiz federal Ariel Lijo a retirada dos privilégios do ex-governante. Disse Carlos Menem, amigo do Irã: “Há algo muito perverso e inconfessável nestes ataques, que não resistem à menor análise séria do ponto de vista jurídico”, Ele acusou o ex-presidente argentino Néstor Kirchner e sua mulher, a atual presidente, Cristina Fernández de Kirchner, de usarem "sistemática e vilmente o caso Amia com fins parciais de encobrir suas manobras". O ataque à Amia foi o segundo atentado terrorista contra alvos judeus na Argentina, após o ataque à Embaixada de Israel em Buenos Aires, cometido em 17 de março de 1992, e que causou a morte de 29 pessoas. Os dois atentados são atribuídos a organizações terroristas islâmicas. A Justiça argentina declarou foragidos nove iranianos, entre eles o ex-presidente do Irã, Hashemi Rafsanjani, cuja prisão foi pedida no ano passado como um dos responsáveis pelo ataque à Amia.

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