domingo, 18 de maio de 2008

Quartiero recebido com festa Roraima e se diz preso político

Fogos de artifício e carreata recepcionaram Paulo César Quartiero no desembarque do Aeroporto Internacional de Boa Vista, em Roraima, na sexta-feira, depois que ele ficou nove dias preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília. O líder dos arrozeiros e prefeito de Pacaraima afirmou, na chegada, que foi um "preso político". Ele foi acusado pela polícia política do xerifão Tarso Genro de posse de artefato explosivo e de formação de quadrilha, porque seus funcionários reagiram a uma invasão de mais de 100 índios na sua Fazenda Depósito. . "Estou feliz de voltar para casa, rever os amigos e voltar a trabalhar. Fui um preso político e estou sendo perseguido pelo governo, mas volto para Pacaraima com disposição para trabalhar e para a luta", afirmou Quartiero. Ao ser questionado se não tem medo de ser preso pela terceira vez, Quartiero sorriu: "Vou continuar a lutar. Não posso evitar meu destino, se for preso novamente, paciência. Mas vamos vencer, tenho certeza". Quartiero circulou em carro aberto pelas ruas de Boa Vista levando uma bandeira do Brasil. A carreata saiu do aeroporto e terminou na praça do Centro Cívico, onde houve um ato em desagravo à prisão de Quartiero. Foi grande o número de autoridades que aguardaram a chegada do arrozeiro no aeroporto, entre eles, representantes da Associação Comercial e Industrial de Roraima (Acir), Federação Comercial e Industrial de Roraima (Facir), Sindicato dos Taxistas, Sindicato dos Madeireiros, Cooperativa de Pecuaristas, produtores de arroz, índios ligados à Sociedade de Defesa dos Indígenas Unidos do Norte de Roraima (Sodiur) e políticos. "O Lula insiste em não reconhecer Roraima como Estado da nação. Não nascemos de joelho e exigimos respeito", disse José Luis Zago, presidente da Cooperativa de pecuaristas. "Estamos sendo levados à convulsão social. O Lula está provocando apartheid em Roraima", afirmou Derval Furtado, presidente da Federação do Comércio de Roraima.

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