sábado, 10 de maio de 2008

Senador Arthur Virgílio quer ouvir Dilma Rousseff novamente na CCJ do Senado Federal

O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) afirmou em plenário, nesta sexta-feira, que insiste no comparecimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Ele quer que a ministra dê explicações sobre a elaboração e vazamento de dossiê contra Fernando Henrique Cardoso. A audiência atenderia um requerimento apresentado por Arthur Virgílio e ainda não votado pela comissão. "Ela fez muito bem em mentir durante a ditadura e eu quero ter certeza de que ela não mentiu perante uma comissão do Senado Federal", disse o senador. Para Arthur Virgílio, o dossiê está na ordem do dia e é preciso que a ministra venha ao Senado, como havia se comprometido, para falar o tempo necessário para tirar todas as dúvidas que pairam sobre o assunto. Segundo o senador, em seu depoimento na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), na última quarta-feira, Dilma Rousseff entrou em contradição e não esgotou esse assunto. Para Arthur Virgílio, Dilma não teria falado a verdade na CI, pois disse que não havia um dossiê e sim um banco de dados. Na opinião do senador, trata-se sim de um dossiê, pois um banco de dados contém informações em ordem cronológica e não dá destaques a personagens específicos. Nesse caso, ponderou ele, a ordem cronológica foi alterada e ressaltaram-se os gastos pessoais da ex-primeira dama, Ruth Cardoso. Além disso, observou Arthur Virgílio, o suposto dossiê foi vazado por um membro do grupo da secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que teria trabalhou durante o período de carnaval na elaboração do dossiê. “Não há hipótese de uma verdade não vir à tona na democracia. O senhor Pires já disse ontem, ‘eles podem ter plantado coisas’. Eles quem? Quem são eles? Alguém quem? Não venham me dizer que foi Fernando Henrique Cardoso. Vamos ser verossímeis, coerentes, conseqüentes. O senhor Pires vai aceitar o papel de bode expiatório do dossiê? Acho que não vai e não deve. E, ainda que ele queira aceitar, o nível de investigação que atingiu a imprensa brasileira derrubará qualquer falácia”, afirmou Arthur Virgílio.

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