quarta-feira, 25 de junho de 2008

Elevação do superávit primário será implementada com dividendos das estatais

A elevação do superávit primário em 0,5% do PIB (equivalente a R$ 14,24 bi) será implementada com aumento de receitas de R$ 6,6 bilhões, vindos quase todos de dividendos das estatais (BNDES e Petrobras), de acordo com proposta levada na terça-feira ao presidente Lula pelos ministros Dilma Rousseff (da Casa Civil), Guido Mantega (da Fazenda) e Paulo Bernardo (do Planejamento). O restante das receitas ficará por conta do aumento nos pagamentos de royalties devido à escalada do preço do petróleo. A proposta ainda prevê cortes de R$ 7,6 bilhões em praticamente todos os ministérios. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apresentou ao presidente a proposta de corte de mais R$ 14,2 bilhões do Orçamento Geral da União deste ano, contingenciamento adicional necessário para o cumprimento da nova meta de superávit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida pública), ampliada de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Com a ampliação dos cortes, o total de verbas bloqueadas no orçamento deste ano subirá para R$ 29,05 bilhões. Em abril, o governo havia contingenciado R$ 19,4 bilhões do orçamento. Um mês mais tarde, no entanto, R$ 4,55 bilhões foram desbloqueados, dos quais R$ 2,8 bilhões foram liberados para a Presidência da República e 13 ministérios, e o restante foi destinado às reservas da União.

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