terça-feira, 10 de junho de 2008

Governadora Yeda Crusius monta um gabinete de transição em seu governo para enfrentar a corrupção

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), anunciou nesta segunda-feira a criação de um gabinete de transição. O gabinete foi criado após Yeda exonerar no sábado quatro assessores diretos por denúncias de corrupção: Cézar Busatto (ex-chefe da Casa Civil), Delson Martini (ex-secretário-geral de Governo), Marcelo Cavalcante (ex-chefe do escritório do Estado em Brasília) e coronel Nilson Bueno (ex-comandante-geral da Brigada Militar). O gabinete vai ser montado com um representante de cada um dos cinco partidos que compõem a aliança partidária de governo: PSDB, PMDB, PP, PPS e PTB. Pelos nomes iniciais que cada partido acabou apresentando, não dá para levar muito fé nesse gabinete. O PMDB, por exemplo, indicou a figura de Rospide Neto, justamente o tesoureiro do partido, homem que foi assessor especial do presidente do Banrisul, Fernando Guerreiro de Lemos. E o PP indicou o ex-governador Jair Soares, que está sendo investigado por desvio de diárias na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Conforme Yeda Crusius, o gabinete de transição formulará critérios de participação partidária para a execução de políticas públicas e garantiu que está assegurada a continuidade “da atual política administrativa inovadora" que "tem o ajuste fiscal como um dos seus pilares". À noite, no programa Conversas Cruzadas, da TVCom, a governadora Yeda Crusius afirmou que não haverá uma demissão coletiva de secretários no governo. De acordo com Yeda, o gabinete de transição que será formado por parlamentares da base aliada para reestruturar o Executivo terá um "cunho parlamentarista". Contudo, ela não descartou que outros secretários deixem o governo e que pastas possam ser extintas. Segundo a governadora, o gabinete terá a duração de, no máximo, 15 dias.

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