segunda-feira, 9 de junho de 2008

Marcelo Cavalcante sai do governo Yeda Crusius

Flagrado pela Polícia Federal em uma conversa telefônica com o lobista Lair Ferst, o chefe do escritório do Rio Grande do Sul em Brasília, Marcelo Cavalcante, foi demitido no sábado. “Saio do governo para não constranger a governadora”, explicou Marcelo Cavalcante. O contato com Ferst, segundo Cavalcante, foi apenas político-partidário e ocorria desde o tempo em que era assessor do então deputado federal Nelson Marchezan (PSDB). Na quinta-feira passada, Marcelo Cavalcante revelou o teor da conversa com o lobista interceptada pela Polícia Federal. Ele afirmou ter agendado junto à Secretaria da Fazenda reunião para a empresa Microsoft apresentar um software, intermediada por Lair Ferst, o qual por sua vez tem estreitos laços com o presidente da Procergs (Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul), empresário Ronei Ferrigolo. “Lair me procurou perguntando se haveria uma reunião na Fazenda. Não sei se ele tinha contato com o pessoal da Microsoft. Desconheço o interesse dele. No final da conversa, eu disse, se for o melhor projeto para o Estado, o Estado vai encaminhar. Mas tem de ficar claro que não há nada dado para ninguém”, disse Marcelo Cavalcanti. Foi ele quem recebeu por e-mail a carta escrita por Ferst endereçada à governadora Yeda Crusius. Marcelo diz que pediu provas e, como o lobista não as apresentou, não entregou o documento à governadora. Marcelo Cavalcante e Lair Ferst se conhecem desde o tempo em que trabalharam juntos com o falecido deputado federal Nelson Marchezan (PSDB-RS).

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