quinta-feira, 24 de julho de 2008

Corregedoria da Polícia Federal vai analisar representação sobre vazamento da Operação Satiagraha

A Corregedoria da Polícia Federal vai analisar a representação contra o delegado Protógenes Queiroz protocolada pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), pelo vazamento de informações sigilosas da Operação Satiagraha. Após a corregedoria analisar o pedido do parlamentar, a Polícia Federal pode instaurar processo administrativo para investigar a conduta do delegado se considerar a representação procedente. A Polícia Federal não confirma se o diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa, já teve acesso à representação protocolada pelo senador. No pedido encaminhado a Corrêa, Heráclito Fortes acusa o delegado de vazar informações do inquérito que ligariam o parlamentar ao esquema desmontado pela operação. Na representação, Heráclito Fortes afirma que foi apontado pela Polícia Federal como integrante de uma "organização criminosa" chefiada pelo banqueiro Daniel Dantas, de quem é amigo pessoal. O senador enfatiza que não tem qualquer ligação com as atividades profissionais de Daniel Dantas ao afirmar que as informações vazadas pela Polícia Federal são "ilegais, maliciosas, levianas e mentirosas". Segundo Heráclito, Protógenes vazou as informações a "conta-gotas" para prejudicar as pessoas supostamente envolvidas nas irregularidades desmontadas pela Operação Satiagraha. O senador cita o artigo 325 do Código Penal que afirma ser crime a violação de sigilo funcional. "Ao quebrar o sigilo e vazar dados obtidos por meio de interceptação telefônica, o referido delegado demonstrou seus claros e evidentes objetivos não autorizados em lei, o de coagir, humilhar, difamar e caluniar a imagem de uma pessoa com anos de vida pública pautada sempre pela ética e disciplina", afirma a representação.

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