terça-feira, 8 de julho de 2008

Especialista militar afirma que Israel pode atacar o Irã dentro dos próximos seis meses

Apesar da instabilidade no Oriente Médio e do preço do petróleo em alta, um ataque contra as instalações nucleares do Irã por parte de Israel se torna cada vez mais provável, conforme opinião de Ilan Berman, vice-presidente do American Foreign Policy Council. "Não é uma questão de pesar os benefícios de agir nesse momento, que é realmente ruim", disse Berman: "A questão é se o Irã com tecnologia nuclear é grave o suficiente para demandar ação”. Para Berman, autor do livro "Tehran Rising: Iran's Challenge to the United States" ("A Ascensão de Teerã: O desafio do Irã para os EUA"), é improvável que os Estados Unidos ataquem o país persa. O fato de ser ano eleitoral, a baixa popularidade do presidente George W. Bush e um relatório das agências de inteligência do país, afirmando que Teerã desistiu de produzir armas nucleares, estão entre os motivos apresentados por ele. No entanto, segundo o especialista, para Israel, o Irã representa uma "ameaça existencial". O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad atacou Israel publicamente em várias ocasiões, dizendo que o país deveria ser "riscado do mapa" e que o Holocausto nazista seria "uma invenção sionista". O analista explica que Israel, após esperar por muito tempo que os Estados Unidos tomassem a frente, começou a pensar "como seria se eles tomassem a iniciativa". O especialista cita o exercício militar realizado por Israel há algumas semanas, considerado uma simulação de ataque aéreo contra o Irã. Berman diz acreditar que o período "favorável" para um ataque está acabando. "Os israelenses não acham que, se houver uma administração de Barack Obama e, possivelmente, se houver uma administração de John McCain, terão tanta liberdade de movimento quanto têm agora", explica Berman.

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