sexta-feira, 4 de julho de 2008

Ex-sócio da VarigLog reconhece “influência” de Roberto Teixeira para realização do negócio

O empresário Marco Antônio Audi admitiu nesta quinta-feira, em depoimento à Comissão de Infra-Estrutura do Senado Federal, que o advogado Roberto Teixeira usava a proximidade que tem com o presidente Lula para "abrir portas" em casos e negócios próprios. Lula é padrinho da filha de Roberto Teixeira, Valeska Teixeira, também advogada e envolvida na negociação para a compra da VarigLog. Ela, segundo Audi (um dos três sócios brasileiros da empresa que comprou a empresa aérea), chama publicamente o presidente de "dindo". "Ele realmente usa um tom ameaçador. A Valeska usa também. Ela pega o telefone e diz que vai passar o fim-de-semana na casa do dindo, o presidente Lula", disse ele. "Eles usam o nome do presidente, eles têm o mesmo grau de intimidação, usam muito mais o segundo e terceiro escalão para abrir portas, não dá para negar isso", completou. Audi afirmou que Roberto Teixeira e Valeska sempre "usam o nome do presidente". "Acho que a proximidade dele com o poder pode tê-lo ajudado a conseguir seus objetivos", ressaltou. Mas, ele nega que tenha se valido da proximidade de Roberto Teixeira com o Palácio do Planalto agilizar a venda da Varig, comprada pela empresa da qual era sócio, a Volo do Brasil. A Comissão de Infra-Estrutura aprovou requerimento convocando Valeska Teixeira e o marido dela, Cristiano, para depor.

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