quarta-feira, 30 de julho de 2008

Governo de Cristina Kirchner admite que a situação da empresa Aerolíneas Argentinas é crítica

O governo argentino admitiu nesta terça-feira que a situação da empresa de aviação Aerolíneas Argentinas, cujo controle foi retomado pelo Estado há uma semana da espanhola Marsans, é crítica. A declaração foi feita pelo secretário de Transporte, Ricardo Jaime, diante da continuação dos atrasos e cancelamentos de vôos domésticos e internacionais por falta de aviões disponíveis e overbooking. No entanto, apesar disso tudo e de um passivo de 890 milhões de dólares que a coloca à beira da falência, o secretário negou a possibilidade de permitir que a companhia aérea feche as portas. "Dentro da gravidade, a situação já está um pouco melhor", afirmou ele. "Se outras empresas oferecerem para trasladar os passageiros nesta conjuntura, será bem-vinda", acrescentou. Para Ricardo Cirieli, secretário-geral da Associação de Pessoal Técnico Aeronáutico (APTA), o problema é a falta de aviões, e não um excedente de passageiros. "O problema é a falta de investimento na área da manutenção, é ter 60% da frota parada porque o grupo Marsans não comprou equipamentos para ureposições", criticou. O problema afeta os estrangeiros que se encontram no país em férias e dependentes das conexões domésticas. Os vôos para o Brasil e a Europa são os mais prejudicados pelos atrasos e cancelamentos. O ministro do Planejamento, Julio de Vido, acusou a Marsans de querer fazer caixa vendendo passagens além do número de aviões e tripulação de bordo disponíveis. Os vôos domésticos também sofrem com o caos generalizado e que atinge também o aeroparque "Jorge Newbery".

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