sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ibama multa empresa de Eike Batista em R$ 25 milhões

O Ibama de Mato Grosso do Sul multou a MMX, do empresário Eike Batista, em R$ 25 milhões. O órgão ambiental rastreou os fornecedores de carvão vegetal da siderúrgica e concluiu que 90% deles operam na ilegalidade. Conforme o Ibama, foram transportados desde o ano passado pelos fornecedores da MMX 30 mil metros de carvão vegetal a mais do que o constante nos DOF (Documentos de Origem Florestal), o que representa derrubada de 1.500 hectares de floresta nativa. O rastreamento foi feito após o órgão aplicar duas novas multas a empresa de Eike: de R$ 15 milhões, pela compra das cargas de carvão ilegal, e de R$ 10 milhões, por agir em desacordo com sua licença de operação pela terceira vez. Em maio, a MMX também foi penalizada em R$ 250 mil, multa que se soma a outras duas, de R$ 3 milhões, em fevereiro, por adquirir carvão produzido a partir de desmatamento recente na região do Pantanal, e de R$ 1 milhão, em novembro do ano passado, por comprar o produto de uma carvoaria que operava de maneira ilegal em terra indígena. Ou seja, Eike Batista é o próprio Exterminador da Natureza. De acordo com o analista ambiental Ricardo Lima, os 66 fornecedores também foram multados, em valor que chega perto de R$ 15 milhões. A operação do Ibama foi batizada de Rastro Negro Pantanal. O Ibama, um dos órgãos mais corruptos da administração Lula, ao lado da Funasa e da Funai, está procurando se redimir um pouco. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta um desequilíbrio entre a oferta de florestas plantadas no Estado e a demanda por carvão vegetal. Assim, com o crescimento da atividade siderúrgica em Corumbá, onde está instalada a sede da MMX, a pressão por desmatamento criminoso de florestas nativas deverá crescer sobre a região.

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