quarta-feira, 30 de julho de 2008

João Luiz Vargas ataca o procurador do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul

O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, João Luiz Vargas, afirmou nesta terça-feira que vai colaborar com Procuradoria-Geral da República na investigação sobre seu envolvimento com réus da fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Ele disse que ficou muito contente com o julgamento relâmpago do seu caso no Pleno do Tribunal de Contas, na tarde de segunda-feira. Disse o emotivo João Luiz Vargas: “Lágrimas correram dos meus olhos, de sinceridade, pela posição que tomaram os conselheiros em defesa do Tribunal”. João Luiz Vargas tem o filho Eduardo Vargas, sócio da empresa Pensant, como um dos réus do processo penal resultante da Operação Rodin e que tramita na 3ª Vara Federal, em Santa Maria. Acrescentou João Luiz Vargas: “Eu fiquei muito feliz com a decisão de envio do processo para o Ministério Público Federal. Estou inteiramente à disposição. Os mesmos documentos que entreguei ao Porfírio Peixoto, vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, entregarei ao Superior Tribunal de Justiça ou à Procuradoria-Geral da República”. João Luiz Vargas também tratou de atacar o procurador do Ministério Público Especial do próprio Tribunal de Contas, que apresentou a representação contra ele. Disse João Luiz Vargas que o procurador Geraldo Costa da Camino foi influenciado pela bancada petista na Assembléia Legislativa: "Se houve constrangimento para a instituição, ela foi causada pelo procurador do Ministério Público de Contas". João Luiz Vargas revelou ainda que foi vasculhar os passos de Geraldo Costa da Camino: “Os registros do prédio do Tribunal de Contas do Estado revelam que um deputado petista permaneceu por mais de quatro horas no gabinete do procurador no dia 18 de abril. Há uma aproximação muito forte destes deputados do PT com o Ministério Público de Contas. Além disso, a representação do procurador aponta trechos fielmente retirados do relatório paralelo da CPI. Estes subsídios partidários foram desnecessários". Imaginem se fossem reveladas, por meio de gravações em video, as visitas mensais que um conselheiro fazia ao antigo Detran, de onde saía sempre com um substancioso envelope.

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