quinta-feira, 24 de julho de 2008

Licença ambiental para Angra 3 prevê preservação de tartarugas e lombadas eletrônicas

Além da destinação definitiva para o lixo nuclear, a licença prévia de Angra 3, concedida pelo Ibama nesta quarta-feira, impõe uma série de ações para a Eletronuclear, responsável pela usina, que vão desde a preservação de tartarugas até a instalação de lombadas eletrônicas. Entre as 60 condições impostas no documento está, por exemplo, o monitoramento das condições de tráfego da BR-101 e a apresentação de relatórios sísmicos feitos na área. O documento exige ainda que a Eletronuclear contrate uma empresa independente para monitorar os níveis de radiação no local e que faça estudos técnicos sobre os possíveis efeitos da radiação a longo prazo sobre a população do entorno da usina. Outro ponto é a exigência de capacitação profissional da população, o financiamento de programas educacionais, convênios na área de segurança pública e iluminação pública. Somente com o saneamento das cidades de Angra dos Reis e Paraty (ambas no Rio de Janeiro) a licença prevê que sejam gastos R$ 50 milhões. A empresa terá ainda que implantar a estrada Parque da Bocaina, entre Paraty e Cunha, implantar programas para a recuperação de mangues, para o fim da pesca com arrasto e apresentar programas para grupos indígenas e quilombolas. Antes do início das obras,porém, o Ibama terá de conceder a licença de instalação. De acordo com o ministro, o prazo para a concessão da licença dependerá da entrega da documentação pela Eletronuclear, responsável pela construção da usina. A usina terá capacidade para gerar 1.350 MW e custará R$ 7,3 bilhões. A previsão é de que fique pronta em 2014.

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