quarta-feira, 30 de julho de 2008

Programa da Mamona do presidente Lula foi para o brejo

Desde março não é mais tecnicamente possível produzir biodiesel usando apenas óleo de mamona. A oleaginosa, ex-vedete do programa de Lula, não reúne as condições técnicas definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) para composição do biocombustível. Em 20 de março, o Diário Oficial da União publicou a resolução nº 7 da ANP. No documento foram estabelecidos vários critérios físicos e químicos para o biodiesel. Pelos parâmetros estabelecidos, o biodiesel produzido apenas com mamona é muito viscoso e, por isso, não pode ser usado diretamente nos motores, pois poderia danificá-los. A mamona sempre foi o carro-chefe do governo Lula na propaganda do programa do biodiesel. Em vários discursos, o presidente Lula se referiu ao plantio da oleaginosa como uma alternativa para agricultores pobres do Nordeste. "É com a mesma motivação que estamos lançando o Programa do Biodiesel, que vai utilizar a mamona e a palma para produção de combustível, criando mais uma alternativa para pequenos agricultores do semi-árido nordestino", disse Lula em cerimônia realizada em Maceió (AL), em novembro de 2004. No Paraná, Lula apresentou grãos de mamona para o governador Roberto Requião em uma solenidade pública. Requião colocou um grão na boa para morder. Assustado, Lula avisou: “Cuidado, é venenoso”. Para a ANP, a mamona é a única oleaginosa que não se enquadra nos parâmetros técnicos do biocombustível. Com todas as demais (soja, pinhão manso, algodão, etc..) é possível produzir biodiesel sem precisar de mistura. Com a edição da resolução da ANP, para usar óleo de mamona na produção do biodiesel, é preciso misturá-lo com o óleo de algum outro vegetal ou outro material gorduroso. Como se vê, o governo Lula é feito de projetos malucos, que não saem do papel. Ou melhor, sai do ar pelo papel, no caso o Diário Oficial. E assim acaba, melancolicamente, mais um delírio lulista, a mamona.

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