sábado, 12 de julho de 2008

Um ano após acidente, parquinho da TAM revolta familiares

A uma semana do desastre com o Airbus-A320 da TAM completar um ano, o maior da história da aviação brasileira, e que deixou 199 mortos, um parquinho de diversões (que inclui até uma aeromoça de verdade, com crachá e uniforme) montado pela empresa aérea em um shopping da região central de São Paulo está causado revolta entre os familiares das vítimas. Em um espaço de 120 metros quadrados no átrio do shopping Pátio Higienópolis, o playground tem uma réplica de avião, nove birutas, dois simuladores de vôo, uma piscina de bolinhas, uma torre de controle, dois manetes, duas alavancas, dois painéis de vôo e um piso que imita nuvens e um céu azul. "É uma insensibilidade. Esse brinquedinho é só mais uma demonstração de que, para a TAM, as vítimas não são pessoas, são números", diz Roberto Gomes, irmão da vítima Mário Gomes, de Porto Alegre. Presidente da Afavitam (Associação dos Familiares de Vítimas da TAM), Dário Scott diz que "o problema da ação de marketing é o momento". "É mesmo uma falta de sensibilidade fazer uma área de lazer com avião no mês em que o acidente completa um ano. Os familiares estão passando penosamente por essa data, não é fácil. A filosofia deles é que nada substitui o lucro. Só espero que no simulador das crianças funcione o reversor e funcione tudo", afirma Scott, que perdeu a filha Thaís no acidente aéreo.

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