terça-feira, 5 de agosto de 2008

Bolívia à beira do conflito, já morreram dois

Pelo menos duas pessoas morreram e 33 ficaram feridas nesta terça-feira na Bolívia depois que a polícia tentou liberar uma estrada bloqueada por mineiros que protestavam contra o governo do cocaleiro trotskista Evo Morales. As mortes ocorreram em meio a um clima de crescente tensão entre seguidores de Evo Morales e seus opositores e a cinco dias da realização do referendo revogatório que decidirá a permanência ou não no poder de Morales e de oito governadores. As mortes ocorreram durante enfrentamentos entre os mineiros e os policiais na estrada que liga o Departamento de Cochabamba (no centro do país) aos Departamentos de La Paz e Oruro. O vice-ministro de governo, Rubén Gamarra, disse que os mineiros queimaram um ônibus e dinamitaram uma ponte. Os mineiros querem mudanças nos benefícios concedidos à categoria e contam com o apoio da central sindical COB (Central Operária Boliviana), a maior da Bolívia, nos protestos nas estradas. Também nesta terça-feira, o chamado Comitê Cívico (órgão que reúne desde políticos a empresários e trabalhadores) do Departamento de Tarija anunciou uma greve por tempo indeterminado, além de manifestações nas ruas. O protesto foi um dos motivos que levou Morales a pedir aos colegas da Venezuela, Hugo Chávez, e da Argentina, Cristina Kirchner, a desistissem da viagem que fariam, nesta terça-feira, a Tarija. O pedido foi feito minutos antes do embarque de Chávez e Cristina em Buenos Aires.

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