quinta-feira, 7 de agosto de 2008

DEM expulsa deputado estadual do Rio de Janeiro acusado de pertencer a milícia

A Executiva Nacional do Democratas decidiu nesta quarta-feira expulsar do partido o deputado estadual Natalino José Guimarães, do Rio de Janeiro. O parlamentar está preso, acusado de chefiar uma milícia armada (quadrilhas de “justiceiros” chefiadas por policiais, que dominam comunidades pobres e recentemente têm atuado na campanha eleitoral, intimidando eleitores e candidatos), sob o nome Liga da Justiça, que atua em bairros da zona oeste da capital. A decisão foi unânime entre os 14 membros da Executiva. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que relatou o processo contra o deputado diante da executiva, disse que "todos os fatos e provas contra Natalino compõem um quadro não condizente com a responsabilidade, autenticidade e moralidade, que a mais elementar razão exige para o exercício de um cargo de representação político-eletiva, seja qual for o partido". Um relatório confidencial da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro informou que as milícias já estão em 171 localidades de dez cidades fluminenses, principalmente na capital. O documento, enviado à CPI das Milícias da Assembléia Legislativa, identifica 521 pessoas envolvidas nesses grupos, entre elas o deputado estadual Natalino e seu irmão, o vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), o Jerominho, que também está preso. O vereador Josinaldo da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), que esteve preso em 2007, também integra a lista. Outros três vereadores (dois de Duque de Caxias) são apontados como milicianos. O relatório aponta, como integrantes das milícias, 156 policiais militares (entre os quais sete oficiais, dois majores e cinco capitães); 18 policiais civis, incluindo um delegado da Baixada Fluminense; 11 integrantes do Corpo de Bombeiros; três agentes penitenciários, e três membros das Forças Armadas. Os demais são todos civis, entre os quais alguns ex-policiais.

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