quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Deputados consideram previsível a decisão do Supremo favorável a Daniel Dantas

Membros da CPI dos Grampos na Câmara dos Deputados minimizaram nesta terça-feira o habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal ao banqueiro Daniel Dantas. Os deputados consideraram "previsível" a decisão do Supremo, uma vez que a Corte tradicionalmente permite que os depoentes não apresentem provas contra si próprios. "Isso é algo que todo cidadão tem direito. Ninguém pode ser obrigado a falar sobre aquilo que lhe incrimine. O Supremo agiu de forma correta. Teremos o direito de fazer as perguntas de qualquer maneira, mas a CPI não se sente prejudicada por decisões da Suprema Corte", disse o presidente da CPI, deputado federal Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). O relator da comissão, deputado federal Nelson Pellegrino (PT-BA), reconheceu que o habeas corpus limita as investigações da CPI. Mas disse acreditar que a decisão do Supremo não "tira a validade" do depoimento de Dantas. "Ele pode falar não só sobre a Operação Satiagraha, mas também sobre a Operação Chacal. A nossa expectativa era que houvesse uma colaboração em relação ao conteúdo da Satiagraha. Em função do sigilo, informações fundamentais não serão possíveis de ser obtidas", afirmou ele. O deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR) disse que o silêncio de Dantas seria decretado pelo banqueiro mesmo se o Supremo não tivesse concedido o habeas corpus: "Se ele não tivesse essa decisão e ficasse quieto, o que poderíamos fazer? O que prejudica é o silêncio dele em qualquer circunstância".

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