sexta-feira, 29 de agosto de 2008

DNA confirma que ossada exumada em São Paulo é de espanhol preso na ditadura

Os restos mortais exumados no dia 1º de abril no cemitério de Perus (zona norte de São Paulo) são do espanhol Miguel Nuet, preso por uma equipe do DOI (Destacamento de Operações de Informações) na época da ditadura militar. Segundo o Ministério Público Federal, a identidade foi confirmada por exame de DNA recebido na quarta-feira. Segundo a Procuradoria, Nuet foi preso em 9 de outubro de 1973 e apareceu morto um mês depois em sua cela. Na época, os repressores da ditadura militar informaram que ele teria “se suicidado”. A procuradora da República Eugênia Fávero fará uma representação aos procuradores da área criminal solicitando investigação sobre as circunstâncias da morte de Nuet. Responsável pelo inquérito civil para identificar vítimas da ditadura enterradas em Perus, Eugênia Fávero espera que a investigação também identifique os autores do crime. Segundo a Procuradoria, Nuet não tinha nenhuma ligação conhecida com organizações de esquerda. Ele era vendedor de carros na Venezuela e morreu aos 50 anos. Em sua ficha no Dops (Departamento de Ordem Política e Social) havia um "T" vermelho, que significa "terrorista", mas nunca foi provado seu envolvimento com nenhuma organização da luta armada.

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