quarta-feira, 6 de agosto de 2008

FGV diz que classe média já é mais da metade da população economicamente ativa

A classe média cresceu no Brasil nos últimos anos e já responde por mais da metade da população economicamente ativa, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas. Intitulada "A Nova Classe Média", a pesquisa apresentada pelo economista Marcelo Neri aponta que o número de famílias nesta categoria subiu de 42,26% para 51,89% entre 2004 e 2008. Pela metodologia da fundação, que se baseia na renda de trabalho, foram consideradas pessoas em idade ativa de 15 a 60 anos. Para a FGV, uma família é considerada de classe média (classe C) quando tem renda mensal entre R$ 1.064,00 e R$ 4.591,00. A chamada elite (classes A e B) tem renda superior a R$ 4.591,00 enquanto a classe D (classificada como remediados) ganha entre R$ 768,00 e R$ 1.064,00. A classe E (pobres) reúne famílias com rendimentos abaixo de R$ 768,00. Segundo o estudo, também de 2004 a 2008, as família das classes A e B cresceram de 11,61% para 15,52% da população. Já os brasileiros da classe D passaram de 46,13% da população para 32,59%. De acordo com as pesquisas, a redução da pobreza entre 2002 e 2008 em seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador) caiu em 13,5%. Segundo outro estudo divulgado nesta terça-feira, em Brasília, pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o percentual de famílias pobres caiu de 35% para 24,1% da população nas seis maiores regiões metropolitanas do País entre 2003 e 2008. Isso representa uma redução de quase um terço no percentual de pobres, ou cerca de 4 milhões de pessoas.

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