domingo, 17 de agosto de 2008

Ipea critica política econômica do governo Lula e quer juro no nível dos Estados Unidos

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou na sexta-feira um estudo em que critica a política econômica do governo Lula. Em texto para discussão, publicado com destaque no site do instituto, o diretor de Estudos Macroeconômicos, João Sicsú, sugere uma estratégia de desenvolvimento que inclua uma taxa de juros "em patamar semelhante ao da norte-americana", um câmbio desvalorizado a partir de intervenções do Banco Central e uma política fiscal "com o objetivo de manter o pleno emprego". O único ponto de convergência do projeto de desenvolvimento do Ipea com a política econômica do governo Lula é a manutenção da inflação baixa. O orçamento do governo, na opinião de Sicsú, deveria ser equilibrado, embora, em momentos de baixo crescimento, o País pudesse gastar além de suas receitas para estimular a economia. De acordo com o economista, ao manter a taxa básica de juros em um nível baixo (atualmente é de 13% ao ano, e a dos Estados Unidos, de 2% ao ano; o Brasil tem a segunda mais alta taxa de juros do mundo), o País evitará a entrada de capital especulativo e reduzirá o custo de o Banco Central manter dólares em sua carteira. Com isso, segundo ele, seria possível estimular a industrialização do País por meio da taxa de câmbio desvalorizada. Sicsú sugere que um modelo de desenvolvimento econômico baseado na exportação de commodities beneficiaria apenas os mais ricos. Ele defende também que os gastos públicos sejam redirecionados para os mais pobres, uma vez que essas pessoas tendem a consumir toda a sua renda e, portanto, estimulam a economia. O Ipea, comandado hoje pelo trotskista petista Marcio Pochmann, tornou-se uma inutilidade do pensamento econômico nacional.

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