terça-feira, 12 de agosto de 2008

Lula tratará punição a torturadores como questão técnica e não política

No esforço de encerrar a polêmica em torno da responsabilização dos crimes de tortura do período da ditadura militar, o presidente Lula planeja adotar uma única estratégia. A idéia de Lula é levar a discussão para o debate técnico-jurídico afastando-o das questões políticas. Assim, na prática, o tema ficará restrito a especialistas e não mais a políticos e militares. Lula pretende pôr um ponto final na controvérsia. Também planeja conversar com Tarso para pedir que deixe o assunto para a AGU (Advocacia Geral da União), uma vez que há uma ação sob análise do órgão a pedido do Ministério Público Federal. Na ação, os procuradores da República pedem que os militares reformados Carlos Alberto Brilhante Ustra (de Santa Maria, terra de Tarso Genro, que recorreu à família de Ustra para saber se poderia voltar do auto-exílio sem que nada lhe acontecesse) e Audir Santos Maciel, comandantes do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna) nos anos 70, sejam responsabilizados pessoalmente por desaparecimento, morte e tortura de 64 pessoas. Por orientação de Lula, a AGU, que prepara o parecer para outubro, deverá aceitar a ação, assumindo que, de fato, houve crimes de tortura no Brasil no período militar.

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