domingo, 3 de agosto de 2008

Mangabeira Unger nega concentração de tropas na Amazônia

O Brasil não vai concentrar tropas nas fronteiras amazônicas, mas espera transformar o Exército em uma força de reação rápida contra eventuais infiltrações, disse na sexta-feira o ministro Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos - Sealopra). O presidente Lula assinou em julho um decreto que autoriza o envio de tropas para áreas indígenas de fronteira, em uma resposta às crescentes preocupações de que haja incursões de guerrilheiros e traficantes. Em setembro, o governo vai apresentar um plano estratégico de defesa que transfere a prioridade defensiva da fronteira sul para a Amazônia, o litoral e o espaço aéreo. Mangabeira Unger, co-autor do plano, disse em entrevista que esse realinhamento não deve preocupar os vizinhos setentrionais, como Venezuela, Colômbia, Bolívia e Peru. O documento, ainda a ser aprovado por Lula, visa a tornar as Forças Armadas mais ágeis. "Queremos reestruturar o Exército segundo o modelo da força de mobilização rápida de ataque", afirmou o ministro. A idéia é criar brigadas regionais modulares capazes de atingir rapidamente os pontos mais críticos da fronteira. "Especialmente na Amazônia, a solução dos nossos problemas é a vigilância e a mobilidade", disse Mangabeira Unger. Isso implica a compra de novos equipamentos, como radares móveis, acessórios de visão noturna e sistemas de vigilância por satélite.

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