sábado, 16 de agosto de 2008

Menem é processado por explosão em fábrica militar que matou sete pessoas

Um juiz federal iniciou um processo nesta sexta-feira contra o ex-presidente da Argentina, Cdarlos Menem (1989-1999), por "dano doloso agravado por morte" na explosão de um paiol, onde era guardada pólvora, e uma fábrica militar que, em 1995, deixou sete mortos e 300 feridos. Menem deverá ter bloqueados seus bens, no valor de 200 mil pesos (cerca de US$ 65.360), como foi determinado pelo juiz Oscar Valentinuzzi. O juiz investiga a explosão do paiol da estatal Fabricaciones Militares, administrada pelo Exército, na cidade de Río Tercero, a 650 quilômetros de Buenos Aires, em 3 de novembro de 1995. Além do ex-presidente argentino ainda foram processados Heriberto Baeza González, ex-secretário de Planejamento para a Defesa, e o número dois da Fabricaciones Militares, Norberto Emanuel. Por falta de provas, o juiz resolveu excluir do processo cinco militares, entre eles o antigo chefe do Exército, Martín Balza, atual embaixador da Argentina na Colômbia. A explosão do paiol deixou sete mortos, em sua maioria funcionários da empresa, feriu 300 pessoas, deixou cerca de 20 mil pessoas desalojadas e destruiu centenas de casas em Río Tercero, que tinha 343 mil habitantes, uma das maiores cidades da Província de Córdoba. As perdas totais foram calculadas em aproximadamente US$ 25 milhões, sem contar os processos judiciais de indenização aos desabrigados.

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