sábado, 30 de agosto de 2008

Morta testemunha de acusação a Hildebrando Pascoal

O sindicalista e ex-policial acreano Manoel Décio Santos de Lima, de 40 anos, uma das testemunhas contra o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, foi executado com oito tiros a queima-roupa nas margens da rodovia GO-050, próximo a Chapadão do Céu, a 503 quilômetros de Goiânia, na manhã de quinta-feira. Lima era uma das principais testemunhas contra Hildebrando, que está preso desde 1999 na Penitenciária Estadual de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco (AC). O ex-deputado responde a processos por liderar um grupo de extermínio, por tráfico de drogas, roubo de carga e corrupção eleitoral. Uma testemunha que dirigia rumo a Chapadão do Céu viu Lima ensangüentado na rodovia, pedindo socorro e sendo perseguido por um homem armado, que usava o carro da vítima. De acordo com a Polícia Militar da cidade, a vítima estava inscrita com a família no Programa de Proteção a Testemunhas, sob responsabilidade da Polícia Federal, desde que depôs contra o ex-congressista. Lima vivia há seis anos com a mulher e os filhos em Chapadão do Céu. Atualmente, ele presidia o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade e ajudava na campanha eleitoral do cunhado, vererador Romil Irineu Batista da Silva, do MST. A mulher da vítima afirmou aos policiais que o marido saiu de casa um dia antes do crime para tratar de um "assunto urgente" em um escritório na cidade vizinha de Chapadão do Sul (MS). A testemunha que procurou a polícia informou que viu Lima pedindo carona e, ao parar, foi fechado por um outro homem em um carro. Ao perceber que o sindicalista estava ensangüentado e que o homem estava armado, fugiu do local. O corpo foi encontrado três horas depois, por policiais militares, em uma lavoura de nabo ao lado da rodovia. O carro da vítima estava parado no mesmo local em que fechou o veículo da testemunha. Cápsulas de pistola calibre 380 foram encontradas no local.