sábado, 9 de agosto de 2008

Peremptoriamente, Tarso Genro quer abertura de arquivos do Exército na ditadura

Mesmo afirmando querer evitar polêmica com os militares, o ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu peremptoriamente, nesta sexta-feira, a abertura dos arquivos dos órgãos de segurança das Forças Armadas que funcionaram na ditadura, considerados possíveis fontes de informações sobre arbitrariedades ocorridas no período. Disse o peremptório ministro: “Temos que verificar as mudanças que devem ser feitas na lei, porque tudo tem que ser feito dentro do Estado de Direito e protegendo as questões que são de interesse do Estado. Agora, isso é uma necessidade. A história deve ser conhecida por todo mundo”. Duramente atacado na quinta-feira, em reunião no Clube Militar, no Rio de Janeiro, por defender o julgamento dos torturadores que atuaram no regime militar, ele ironizou os militares ao afirmar que não se sentirá constrangido com a divulgação das informações naquela época: “Não há problema em divulgar minha ficha. Ela não é novidade para ninguém. É uma ficha aberta e me orgulho muito dela”. Quando Tarso Genro saiu correndo para o auto-exílio, no Uruguai, logo ali do outro lado da rua, em Rivera, ele era membro do revolucionário PCdoB. Ou seja, pretendia realizar no Brasil a tomada do poder e instalar a ditadura do proletariado. Logo que voltou do “exílio”, passou a militar no PCR (Partido Revolucionário Comunista) e, em 1982, quando o País já estava em franco processo de redemocratização (a anistia foi em 1979), Tarso Genro procurava recrutar gente para uma recidiva da luta armada, para a tomada do poder. Essa é a ficha da qual ele se orgulha, a de ter trabalhado durante todo esse tempo contra a democracia e o Estado Democrático e de Direito.

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