quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Petistas barram convite para ex-porta-voz das Farc depor na Câmara dos Deputados

Deputados federais da bancada petista impediram nesta quarta-feira a aprovação de requerimento para que Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido no Brasil como padre Olivério Medina, ou Cura Molina, fosse convidado a depor nas comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública e Defesa Nacional. A oposição quer que o terrorista Medina explique suas relações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, organização terrorista e traficante de cocaína). Os petistas alegam que o ex-padre é refugiado político no Brasil, não pode ir ao Congresso para se expor em uma sessão pública. "Medina não pode emitir opinião política. Como exilado político, ele não pode ir ao Parlamento se expor", disse o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR). "A bancada do PT é contra ele vir à Comissão, na medida em que isso o coloca em uma situação constrangedora", afirmou o deputado Carlos Zaratini (PT-SP). Não é mesmo uma gracinha? Um petista preocupado com a possibilidade de constrangimento do seu amiguinho terrorista colombiano. "Essa posição do PT é um absurdo. Eles querem evitar que o padre caia em alguma contradição", rebateu o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP): "Nós somos um poder da República. Não estamos aqui para insuflar ninguém contra ou a favor das Farc”. Ontem, o presidente do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), Luis Paulo Barreto, afirmou que o status de refugiado concedido a Olivério Medina, em 14 de julho de 2006, permite "o direito a livre expressão de pensamento". "Uma coisa é Medina fazer uma palestra, reunir-se com deputados. O que ele não pode é arregimentar um grupo, financiar armamento, por exemplo. O que a lei não permite é atividade política para desestabilizar politicamente o país de origem, no caso a Colômbia", disse ele. Os petistas são companheiros das Farc no Foro de São Paulo, fundado por Lula e por Fidel Castro.

Nenhum comentário: