quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Polícia Federal acobertou dirigente do PT

A Polícia Federal está sendo acusada de ter acobertado um alto dirigente do PT, o partido do governo Lula. Na quinta-feira da semana passada, a revista Época revelou como Romênio Pereira, secretário nacional de assuntos institucionais do partido, caiu na malha da Operação João-de-Barro, que desarticulou um grupo investigado por desviar dinheiro das obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A Polícia Federal alegou "razões técnicas" para deixar de realizar grampos no ramal telefônico de Romênio Pereira na sede nacional do PT, embora tivesse autorização do ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal. Novos documentos obtidos pela revista Época mostram que os policiais possuíam outros números de telefone do dirigente do PT, mas que nem sequer solicitaram autorização para grampeá-los. Conforme relatórios da própria investigação, a Polícia Federal teve acesso aos números dos celulares de Romênio Pereira e mesmo ao telefone de sua residência, em Belo Horizonte. Em uma investigação sobre corrupção, tráfico de influência e troca de favores, os grampos nos telefones de Romênio Pereira poderiam ser de grande utilidade para esclarecer as conexões do esquema. Mas os números do petista foram simplesmente ignorados. Pior: em relatório encaminhado ao ministro Cezar Peluso, os delegados alegam que não podiam realizar outras interceptações porque não conheciam outros números dos dirigentes do PT. Era uma completa mentira. Os documentos exibidos agora pela revista Época provam que isso não é verdade.

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