sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Procurador-geral acusa ministro boliviano de genocídio

O procurador-geral da Bolívia, Mario Uribe, acusou nesta quinta-feira de genocídio o ministro de Governo, Alfredo Rada, e vários ex-chefes policiais, pelas três mortes e as centenas de feridos em uma revolta em Sucre (sul) em novembro de 2007. A Promotoria apresentou à Corte Suprema de Justiça, com sede em Sucre, o requerimento acusatório contra o ministro e seus assessores mais diretos por genocídio em forma de "massacre sangrento", segundo um boletim dessa entidade. A lei boliviana pune com penas de prisão de 10 a 20 anos os crimes de genocídio, que contempla em duas modalidades, uma delas "massacre sangrento", que é o que o procurador acredita que aconteceu em 24 de novembro em Sucre. Naquele dia, habitantes de Sucre enfrentaram à polícia em protesto contra a Assembléia Constituinte impulsionado pelo governo neotroskista do cocaleiro Evo Morales e que tinha retirado da agenda a questão da capital do país e o retorno dos poderes do Estado a essa cidade. O protesto terminou com três mortos e cerca de 300 feridos, dos quais agora o procurador-geral Rada e o ex-comandante geral da polícia Miguel Vásquez; o coordenador-geral da força, Jorge Espinoza; e o ex-comandante da Polícia Departamental de Chuquisaca José Galván.

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