quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Procuradoria pede bloqueio de bens e quebra de sigilos de ex-reitor da Unifesp

O Ministério Público Federal em São Paulo e a Advocacia Geral da União protocolaram nesta terça-feira uma ação civil pública por improbidade administrativa na Justiça Federal contra o ex-reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Ulysses Fagundes Neto. Na ação, o procurador Sergio Suiama pede uma liminar para bloquear os bens e quebrar os sigilos bancário e fiscal de Fagundes Neto, suspeito de desviar R$ 229.550,06 dos cofres públicos. Segundo o Tribunal de Contas da União, Fagundes Neto usou irregularmente recursos públicos para pagamento de itens de consumo de luxo, cometeu desvio de finalidade, burlou o regime de dedicação exclusiva, realizou viagens não autorizadas ou com prazo superior ao estritamente necessário. Além do reitor, o procurador também cita na ação o vice-reitor, Sérgio Tufik, o chefe-de-gabinete da reitoria, Reinaldo Salomão, e a ex-chefe-de-gabinete da reitoria Lucila Amaral Carneiro Vianna. Segundo a Procuradoria, eles são réus porque participaram dos atos ilegais praticados dentro da universidade. Suiama também pediu o afastamento de todos os réus de seus respectivos cargos para não atrapalhar a investigação do caso. Segundo o procurador, a improbidade ficou caracterizada em três momentos: a primeira relacionada a 13 viagens ao Exterior ocorridas nos anos de 2006 e 2007; a segunda, pela violação do regime de dedicação exclusiva, que culminou em enriquecimento ilícito por parte do reitor; a terceira, pelo uso irregular do cartão corporativo em despesas pessoais nacionais.

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