quinta-feira, 28 de agosto de 2008

São Paulo planeja construir um aterro sanitário ao lado da Serra da Cantareira

Há um ano sem aterros sanitários próprios para destinar as mais de 13 mil toneladas de lixo produzidas diariamente na capital, São Paulo corre contra o tempo para conseguir licenciar novos lixões junto aos organismos estaduais. Uma área na zona noroeste deverá abrigar um novo aterro sanitário para depósito de parte do lixo da cidade. Outra, na zona leste, está em fase mais adiantada, mas aguarda licença de instalação para início das obras. O novo aterro em estudo fica em Perus, e está localizado ao lado da Serra da Cantareira, área de proteção ambiental. A Secretaria Municipal de Serviços informou que foram apresentadas três áreas na região administrada pela empresa Loga, que passam por uma análise de viabilidade de uso e ocupação. O novo aterro substituirá o Bandeirantes, já esgotado e com licença de funcionamento expirada desde março de 2007. "A Prefeitura recebeu os estudos pertinentes e obrigatórios por contrato. Por razões estratégicas, e para não haver especulação imobiliária, os locais apresentados são sigilosos", disse o presidente da Loga, Luiz Gonzaga Alves Pereira. Esse novo lixão, com vida útil estimada de dez anos, deverá receber aproximadamente 6,5 mil toneladas por dia. Hoje, o lixo que tinha como destino o aterro Bandeirantes, vai para uma área particular em Caieiras. São Paulo não tem custos sobre a operação, mas perde a médio prazo com a venda de créditos de carbono, gerados com a utilização do gás produzido no aterro e transformado em energia. Atualmente, a usina instalada no Bandeirantes gera energia para abastecer cerca de 200 mil pessoas em Perus. A área onde deve ficar o novo aterro já teve declaração de utilidade pública decretada em 2004, na gestão da prefeita Marta Suplicy (PT).

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