terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tarso Genro atende a ordem de Lula e “reafirma” que não pediu revisão da Lei da Anistia

O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou nesta segunda-feira que o presidente Lula determinou que o governo fique de fora de qualquer interpretação sobre a Lei da Anistia. Esse assunto, segundo o peremptório Tarso Genro, será tratado exclusivamente pelo Poder Judiciário: “O presidente orientou e consolidou a posição que nós vínhamos defendendo durante a semana de que qualquer interpretação sobre a Lei de Anistia é uma interpretação do Poder Judiciário. O Poder Executivo não vai compartilhar dessa discussão”. E, peremptoriamente, como ele é a cada dia, sempre com uma opinião diferente conforme lhe determinam, Tarso Genro disse: “Ninguém, em nenhum momento, pediu a revisão da Lei de Anistia. O governo tem uma visão da importância do papel das Forças Armadas em um projeto nacional. Para mim, este assunto está encerrado. Não há nenhum embaraço do governo em relação às Forças Armadas”. Como um ex-militante do PCdoB e depois do PCR (Partido Revolucionário Comunista), o peremptório Tarso Genro sempre gostou de armas. Ele também tentou convencer de que não recebeu uma reprimenda de Lula: “Não me arrependo do que disse, porque eu apenas emiti um conceito a respeito de uma questão que existe na sociedade que está regulada por tratados internacionais. Não recebi nenhuma advertência do presidente em relação a isso”. A posição do peremptório ministro da Justiça provocou grande agitação nas Forças Armadas. Houve manifestações de desagravo a militares da reserva que serviram na época da ditadura militar. Uma manifestação, no Clube Militar, no Rio de Janeiro, chegou a contar com a presença do comandante militar do Leste, general Luiz Cesário da Silveira, e do diretor do Departamento de Ensino e Pesquisa, general Paulo César Castro. Por isso o peremptório Tarso Genro insistiu: “O presidente pode dar puxão de orelha em qualquer ministro. É da sua competência. Mas eu não levei nenhum puxão de orelha”. É impressionante como ele se coloca docilzinho quando sente o perigo de perder o cargo.

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