terça-feira, 2 de setembro de 2008

AMB diz que grampos demonstram tentativa de implantar "ações policialescas" no País

O presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Mozart Valadares Pires, disse nesta segunda-feira que os grampos feitos em autoridades dos três Poderes colocam em risco a liberdade individual e coletiva conquistada "duramente" após anos de ditadura. No documento, o presidente da AMB atribui a realização das escutas clandestinas à Abin, o que para Valadares demonstra o descontrole do governo sobre a atuação da agência e a tentativa de se implantar "ações policialescas". "O recente episódio de escuta telefônica na presidência do Supremo Tribunal Federal, feita pela Abin sem permissão judicial, demonstra o descontrole do governo sobre seu serviço de inteligência ou --o que é ainda mais grave-- a tentativa de se implantar no Brasil ações policialescas e nefastas ao Estado democrático de Direito", diz a nota da AMB. A entidade ressalta ainda na nota que juízes de todo o País estão "em alerta" e exigem "medidas duras" do governo contra todos os envolvidos no grampo do Supremo. A Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e a Amagis (Associação dos Magistrados Mineiros) também divulgaram nota nesta segunda-feira cobrando punição aos responsáveis pelos grampos nos telefones de autoridades dos três Poderes.