sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Associações pedem ação firme do governo brasileiro em caso da Odebrecht

A Abdib (Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) pediram, por meio de notas, ação firme da diplomacia brasileira diante do embargo do governo do Equador aos bens da construtora Odebrecht e da proibição de funcionários da empresa deixarem o país. Na terça-feira, o presidente do Equador, o tiranete Rafael Correa, ordenou que a Odebrecht suspendesse as operações no país e enviou tropas militares para confiscar o terreno ocupado pela construtora, onde estão sendo desenvolvidos projetos no valor de US$ 800 milhões. "Os atos hostis do governo equatoriano impetrados contra o grupo empresarial Odebrecht merecem uma resposta diplomática firme e rápida do governo brasileiro", afirma a associação. "A resposta firme da diplomacia brasileira visa a ratificar ao governo do Equador e ao mercado internacional que o Brasil não compactua com atitudes e decisões intempestivas e espetaculosas que desrespeitem direitos internacionais dos indivíduos e regras estabelecidas em contratos firmados", diz a Abdib. "A diplomacia brasileira ainda tem o desafio de ser firme na condução e na garantia de cumprimento do contrato de financiamento para a instalação da infra-estrutura energética no Equador, frente à ameaça do governo local de abandonar o pagamento do empréstimo tomado junto ao BNDES, o que é inaceitável", acrescenta a Abdib. Já a CNI afirmou no comunicado que "repudia a intervenção do governo do Equador". "O decreto presidencial representa um desrespeito aos contratos, às normas jurídicas e às regras internacionais. A decisão constrange as empresas brasileiras que atuam no Equador, impede a mobilidade das pessoas e traz insegurança às famílias. A CNI espera que o governo brasileiro tenha uma atuação firme na defesa dos investimentos brasileiros e da segurança dos seus cidadãos”, diz sua nota.