terça-feira, 16 de setembro de 2008

Bolsas de São Paulo e Nova York têm maior queda desde o 11 de setembro

O temor de um risco sistêmico com o pedido de concordata do Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America, além dos problemas enfrentados pela segurada AIG, promoveram uma fuga do risco nos mercados globais. As bolsas desabaram pelo mundo. Para a Bovespa foi o maior tombo porcentual em mais de sete anos. Apenas uma ação do Ibovespa fechou em alta, e as vendas decorreram, além da fuga dos estrangeiros, do tombo das commodities com os investidores à procura de Treasuries e ativos menos arriscados. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caiu 7,59%, a maior queda desde 11 de setembro de 2001, quando recuou 9,17% após o atentado às Torres Gêmeas, em Nova York. Em pontos, a Bovespa retornou aos 48 mil pontos, para 48.416,33 pontos. Em Nova York, o índice Dow Jones fechou abaixo dos 11 mil pontos, em 10.917,51 pontos, a maior queda em pontos (504,48 pontos) também desde os ataques terroristas de 11 de setembro e a maior queda porcentual (4,42%) desde julho de 2002. "A crise financeira se tornou 'sistêmica'", disse Richard Bernstein, estrategista-chefe de investimentos do Merrill Lynch. "Para a economia, significa que ficou mais difícil tomar empréstimos. É o aperto no crédito. O que se achava que seria crédito bom não é, portanto, o custo dos empréstimos subiu dramaticamente", acrescentou ele.