quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Crise financeira mundial faz Tesouro Nacional manter cautela e reduzir emissão de dívida

Os efeitos do acirramento da crise financeira que atinge a economia dos Estados Unidos tem levado o Tesouro Nacional a adotar uma estratégia mais "cautelosa" na administração da dívida pública brasileira. Com o aumento da volatilidade no mercado, a instituição tem emitido um número menor de títulos e optado por papéis de prazos mais curtos. "As emissões foram com prazos menores. Em momentos de volatilidade, o mercado demanda títulos de prazo mais curto", disse Fernando Garrido, coordenador do Tesouro Nacional. Ele afirmou que não houve mudança de estratégia, pois, desde meados do ano passado, o governo vem optando por esse tipo de atuação em semanas de piora no mercado financeiro. "O Tesouro vem adaptando sua estratégia de emissões desde o início da crise, para evitar adicionar volatilidade ao mercado", afirmou. Garrido afirmou também que o governo Lula possui dinheiro em caixa para evitar que seja necessário se financiar pagando juros mais altos. Em agosto houve um resgate de R$ 15,3 bilhões em dívida antiga e uma emissão de R$ 20,8 bilhões em novos papéis. Essa diferença, somada ao efeito dos juros, elevou a dívida pública federal em 1,66%, para R$ 1,319 trilhão.