terça-feira, 16 de setembro de 2008

Eliseu Padilha pede para se afastar da direção do PMDB gaúcho, mas partido recusa

A executiva estadual do PMDB do Rio Grande do Sul recebeu nesta segunda-feira os pedidos de licença do secretário-geral do partido, deputado federal Eliseu Padilha, e do 2º vice-presidente, o prefeito de Sapucaia do Sul, Marcelo Machado. Ambos estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal, no âmbito da Operação Solidária, com autorização do Supremo Tribunal Federal. Mas, os integrantes da direção do PMDB no Rio Grande do Sul preferiram “aguardar a evolução dos acontecimentos para, no momento próprio, avaliar os pedidos dos dois peemedebistas”. Ou seja, os membros da direção do PMDB gaúcho não aprenderam nada com o senador Pedro Simon, presidente do partido no Estado, que, durante o governo Itamar Franco, sempre exijia o afastamento imediato do cargo de qualquer autoridade que fosse apontada como investigada. Aliás, ele manteve esse comportamento até bem recentemente. Só não vale para o seu partido no Sul. Tampouco vale para o seu partidário deputado estadual Alceu Moreira, que ocupa a presidência da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, e é investigado na mesma operação. E menos ainda para o deputado estadual peemedebista Marco Alba, secretário estadual de Habitação, também investigado na Operação Solidária, e que comanda cerca de um bilhão de reais de investimentos do PAC no Sul. Simon dá todas as armas aos seus adversários no Senado Federal para ser desmoralizado por eles.